A vida é séria e assim devemos trata-la. Com seriedade. É o tempo que dedicamos a viver bem que nos ensina se estamos no caminho certo. Viver bem não é ter coisas, mas assumir a vocação, profissão, ou ao que formos chamados e dedicar ao irmão e irmã. Uma vida dedicada a uma causa nobre, mas sem senti-la dentro do coração é externo e tampouco ajuda. E como devemos tratar com seriedade a vida e ela é única, pensemos onde dedicamos e quem ajudamos e servimos.

Um texto sério sobre a vida foi refletido nestes dias em nossas comunidades e que o comumente chamamos de o texto do julgamento final. O que chama a atenção é a seriedade em que Jesus coloca seu julgamento e o que pede de cada um de nós. O que podemos aprender de novo neste texto é que seremos um dia julgados. Nossa vida será revelada e terá um juízo sobre nossas ações. Jesus se apresenta como um Rei que julgará seu povo. Nossa vida pode ser dividida em dois momentos: o que vivemos hoje e o que viveremos.

No tempo em que vivemos hoje temos a presença do Cristo Bom Pastor. Ele se apresenta como o Pastor que cuida da ovelha perdida, cura a machucada, vai em busca da extraviada e zela pela ovelha gorda. É a ternura de Deus que se apresenta todos os dias de nossa existência. É o dia da salvação. O dia propício. Não devemos fechar nosso coração a Deus que vem a nosso encontro e fala conosco. Nossa resposta a essa ternura de Deus é dizer “O Senhor é meu pastor e nada me faltará”.

Haverá o momento em que iremos para outro momento de nossa vida. Atravessaremos uma porta e nos encontraremos com o Cristo como um juiz. Hoje vivemos o momento em que podemos tomar decisões e se errarmos pedirmos perdão, deliberar e voltar atrás no que não está correto na própria vida. Mas quando tivermos face a face com Cristo a decisão não é mais nossa. Não estará em nossas mãos e não haverá mais tempo para defesa, mas para a sentença de Jesus sobre o que fizemos em nossa vida. É aquele dia. Dia que estava oculto, mas em que depois se revelará quem somos. Muitos não pensam com seriedade sobre este dia e na história humana se procurou fugir da seriedade deste pensamento. Falavam de céus sucessivos de existência, onde poderia se começar tudo de novo. Poucos são que se tranquilizam com esta linda esperança de encontrar Cristo e começam a falar de novas reencarnações depois da morte, mas isso é falso. Deus criou o mundo com seriedade e o que Ele falou é definitivo. É um pensamento austero, mas que nos faz pensar que ainda é tempo. Este é o tempo da salvação. Este é o tempo que se aproxima de relembrarmos o nascimento do Menino-Deus. Aproximam-se dias novos e vem para aprendermos a termos compaixão com o irmão e irmã mais próximos. O que é Deus vai nos perguntar quando o encontrarmos? Estive com fome e deste-me de comer. Estava nu e me vestiste. Preso e foste me visitar. Quando fizemos isto a ti Senhor? Quando fizeste a um menor a mim o fizeste. Estes são os dias propícios e são os dias de nossa salvação. É no amor dedicado aos outros que nos preparam para o dia de nossa salvação.

Pe. Joselio